(Arte: Álan Batista) |
Estava vendo por esses dias vídeos no YouTube, quando recebi uma recomendação do que considero um dos melhores canais no site, “Kurzgesagt in a Nutshell”. O canal alemão, mas narrado em inglês e com legendas em português, consiste em animações bastante visuais que visam simplificar temas sobre as Ciências e a Filosofia, a fim de divulgação de conhecimento. Há vídeos sobre humanidades, exatas, e, nesse caso, biológicas.
Nesse caso, era um vídeo sobre o nosso sistema imunológico. Pensei comigo: “Não perdem uma oportunidade! Falar desse tema em meio a pandemia”. Mas não, era um vídeo de meia década atrás. O acervo de temas não para de me surpreender.
No vídeo, o narrador conta a história da incessante relação de centenas de células e moléculas diferentes na hora de patrulhar, identificar, decidir o melhor enfrentamento e, enfim, combater. A pluralidade de funções desempenhada de forma coletiva pelas diferentes peças nos faz pensar na beleza da vida. Somos muitos, até mesmo a unidade humana é plural dentro de si.
Impossível não invocar também a imagem da vida em comunidade e/ou sociedade enquanto um organismo vivo – num baile entre biologia e sociologia, que faria ambos os seus bacharéis irritadíssimos. Cada um exerce a função em prol de um bem coletivo, que beneficia a todos.
Nesse momento em que se revela cada vez mais claro a força da individualidade, talvez um exercício importante fosse olhar para nós mesmos.
Eu sei, essa biologia sociológica ou sociologia biológica é um pouco clichê. No entanto, sinto que precisamos resgatar um pouco o clichê e o óbvio nesse momento. Nos lembrar de coisas óbvias, como: a vida é sempre coletiva; toda luta e todo combate, em sua dimensão, é uma história em si; e que não há nada mais potente do que um botão de aleatório em um bom canal de divulgação de conhecimento.
21 de julho de 2021
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