(Arte: Álan Batista) |
Assisti esses dias um filme que até então tinha passado completamente por fora do meu radar: O Orfanato, produzido por Guillermo del Toro. O filme espanhol de 2007, sem dúvida encaixado no gênero de terror, ousa mais do que se acomoda.
Acontece que, em geral, filmes de terror tendem a se prender no cômodo, ou seja, em clichês narrativos e estruturais (vide o famoso “sustinho” após um momento de breve silêncio) - e esse filme usa disso para inverter de forma brilhante a nossa perspectiva sobre o que está sendo contado.
É o tipo de filme que é difícil de vender aos amigos: “Cara, você TEM DE ver esse filme!”, “Por quê?”, “Não posso falar!” – quem nunca passou por esse diálogo?
Fato é: filmes de terror que usam do fato do gênero normalmente se levar mais a sério do que realmente é para mudar nossa perspectiva sobre uma história ou um assunto são, sem dúvida, os melhores (como no caso dos já clássicos “Corra!” e “Parasita”).
Longe de ser uma resenha ou crítica aprofundada, fica aqui a dica de um filme que faz uma das inversões de gênero cinematográfico mais interessantes que vi nos últimos tempos.
07 de julho de 2021
0 comentários